Com o objetivo de promover o debate e a implementação de práticas mais eficientes, o Instituto Alfa e Beto (IAB), em parceria com a Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Norte (SEEC), promoveu no dia 9 de agosto o seminário Alfabetização: evidências científicas internacionais sobre o que melhor funciona. O evento aconteceu no auditório Angelica Moura, na Seec, Centro Administrativo do RN.
Susana Fernandes (SUEF), Doutor João Batista (IAB), Secretária Adjunta Adriana Diniz, Profª Esp.Tânia Livros (CODESE) e Profª Esp.Elizabeth Jácome (CORE), formaram mesa.
O encontro contou com dois especialistas que há anos pesquisam e estudam, em distintos países, os resultados de várias metodologias usadas para alfabetizar: a brasileira Tatiana Pollo - com experiência nos EUA e Brasil - e o professor emérito da Universidade Livre de Bruxelas, José Morais - que tem estudos realizados na França, Bélgica, Portugal e Brasil.
A diretora da 13ª DIRED, Raimunda Ferreira Freire e as técnicas pedagógicas Socorro Alves, Silvana Pinto e Claúdia Câmara estiveram presentes e segundo as mesmas “A experiência de ter participado do evento foi muito enriquecedora. O bom desses encontro é que podemos refletir sobre as dificuldades encontradas nas salas de aula e é um momento de aprender as novas teorias e tentar trabalhar para que as mesmas possam ser postas em prática".
Cláudia, Mundinha, Silvana e Socorro Alves
Para a diretora da 13ª DIRED, Raimunda Ferreira Freire , a implantação do programa Alfa e Beto,foi muito importante. "Avançamos com as parcerias e com investimentos na infraestrutura e na formação continuada dos professores. E já estamos vendo os resultados: os números indicam que estamos no caminho certo”, afirmou.
Programa:
- Abertura
- “Alfabetização, as teorias e a prática“ – Tatiana Pollo
- “Os princípios da alfabetização e a avaliação das habilidades da leitura e da escrita” – José Morais
As palestras e os palestrantes:
Alfabetização: as teorias e a prática - Tatiana Pollo
Aprender a ler e escrever pode ser um dos maiores desafios na vida de uma criança. A palestra abordou algumas perspectivas sobre como as crianças aprendem a ler e escrever em um sistema alfabético, dando uma dedicação especial às perspectivas fonológica e construtivista..
Tatiana Pollo - Formada em psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Tatiana Cury Pollo é professora adjunta da Universidade Federal de São João del Rei. Possui mestrado, doutorado e pós doutorado na Washington University, campus de Saint Louis (EUA). Sua dissertação de doutorado recebeu o prêmio James McKeen Cattell da Academia de Ciências de Nova Iorque e aborda o desenvolvimento da linguagem escrita em crianças com desenvolvimento típico e atípico em português bem como em outras línguas (tpollo@gmail.com)
Na segunda parte, o palestrante tratou da avaliação sistemática das habilidades que compõem o processo de alfabetização, indicando o que avaliar e apresentando instrumentos simples de avaliação pelo professor.José Morais – Doutor em desenvolvimento da cognição e psicolingüística da Universidade Livre de Bruxelas e doutor honoris causa pela Universidade de Lisboa, durante 12 anos ele integrou o Observatório Nacional da Leitura da França, um grupo de 20 cientistas reunidos pelo governo francês para estudar os resultados das pesquisas e práticas na área de alfabetização em diversos países.
“Não podemos continuar negando as evidências científicas e acreditar que metade das crianças brasileiras não consegue aprender a ler por causa da pobreza ou do ambiente cultural que as cerca, quando as pesquisas mostram que isso tem pouca importância para alfabetizar em comparação com as práticas adotadas pelas escolas”, diz o Professor João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto (IAB), que organizou o seminário.
“Toda a pesquisa e toda a experiência prática mostram que compreender a relação entre fonema (som) e grafema (letra) é o primeiro passo para a alfabetização e indicam que não há autodescoberta dessas relações, que essa aprendizagem depende de orientações e exercícios explícitos”, diz José Morais. “Não fosse assim, os iletrados que vivem em ambientes letrados aprenderiam a ler espontaneamente”.
Palestrante José Morais
Na segunda parte, o palestrante tratou da avaliação sistemática das habilidades que compõem o processo de alfabetização, indicando o que avaliar e apresentando instrumentos simples de avaliação pelo professor.
Sobre a relevância do tema:
Nas últimas décadas, o avanço do conhecimento científico sobre como ocorre o processo mental de aquisição da linguagem escrita resultou na adoção de métodos e programas de alfabetização mais eficientes na maioria dos países desenvolvidos, assim como nos emergentes com bom desempenho em educação.
Nas últimas décadas, o avanço do conhecimento científico sobre como ocorre o processo mental de aquisição da linguagem escrita resultou na adoção de métodos e programas de alfabetização mais eficientes na maioria dos países desenvolvidos, assim como nos emergentes com bom desempenho em educação.
Cláudia Câmara, Silvana Pinto, João Batista Oliveira, Mundinha e Socorro Alves
Doutor João Batista de Araújo Oliveira Presidente do Instituto Alfa e Beto
“Não podemos continuar negando as evidências científicas e acreditar que metade das crianças brasileiras não consegue aprender a ler por causa da pobreza ou do ambiente cultural que as cerca, quando as pesquisas mostram que isso tem pouca importância para alfabetizar em comparação com as práticas adotadas pelas escolas”, diz o Professor João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto (IAB), que organizou o seminário.
Os princípios da alfabetização e a avaliação das habilidades da leitura e da escrita - José Morais
Na introdução à palestra, foram apresentados argumentos para justificar a necessidade de basear as práticas de alfabetização em conhecimentos científicos e exemplos de como se formam os conhecimentos científicos.
Na primeira parte foram analisadas as diferentes etapas do processo de alfabetização desde as “primeiras letras” até ao estágio da leitura competente: aquisição do princípio alfabético, conhecimento do código ortográfico e sua utilização intencional, e automatização da leitura e da escrita. Com base nisso, serão derivados os princípios de alfabetização que devem orientar o ensino da leitura e da escrita.
Na introdução à palestra, foram apresentados argumentos para justificar a necessidade de basear as práticas de alfabetização em conhecimentos científicos e exemplos de como se formam os conhecimentos científicos.
Na primeira parte foram analisadas as diferentes etapas do processo de alfabetização desde as “primeiras letras” até ao estágio da leitura competente: aquisição do princípio alfabético, conhecimento do código ortográfico e sua utilização intencional, e automatização da leitura e da escrita. Com base nisso, serão derivados os princípios de alfabetização que devem orientar o ensino da leitura e da escrita.
Palestrante Drª Tatiana Pollo- (Universidade Federal de São João Del Rei (Minas Gerais) falou sobre Alfabetização teorias e práticas.
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