Em 1965, o Congresso brasileiro oficializou o dia 22 de agosto como o
Dia do Folclore, numa justa homenagem à cultura popular brasileira. A
palavra folclore tem origem no inglês antigo, sendo que "folk"
significa povo e "lore" quer dizer conhecimento, cultura.
O folclore brasileiro, portanto, é a cultura de nosso povo e não há
nada mais nacional do
que ele. Afinal, ele é precisamente o conjunto
das tradições culturais dos conhecimentos, crenças, costumes, danças,
canções e lendas dos brasileiros de norte a sul. Formada pela mistura
de elementos indígenas, portugueses e africanos, a cultura popular
brasileira é riquíssima.
Na área musical, por exemplo, são inúmeros e muito variados os ritmos e melodias desenvolvidos em nosso país. É o caso do frevo, do baião, do samba, do pagode, da
Na área musical, por exemplo, são inúmeros e muito variados os ritmos e melodias desenvolvidos em nosso país. É o caso do frevo, do baião, do samba, do pagode, da
música
sertaneja... Há ainda as danças típicas das festas populares, como o
bumba-meu-boi, o forró, a congada, a quadrilha e - é claro - o próprio
carnaval, um verdadeiro símbolo de nosso país.
Um dos aspectos mais interessantes do folclore brasileiro, porém, são os seres sobrenaturais que povoam as lendas e as superstições da gente mais simples. O mais popular é o Saci, um negrinho de uma perna só, que usa um barreta vermelho, fuma cachimbo e adora travessuras, como apagar lampiões e fogueiras ou dar nó nas crinas dos cavalos.
Mas há vários outros seres fantásticos em nosso folclore: o Curupira, um anão de cabelos vermelhos, que tem os pés ao contrário; a Mula-sem-cabeça, que solta fogo pelas narinas; a Boiúna, cobra gigantesca cujos olhos brilham como tochas; e o Lobisomem, o sétimo filho homem de um casal, que vira lobo nas sextas-feiras de luas cheias, entre outros.
Um dos aspectos mais interessantes do folclore brasileiro, porém, são os seres sobrenaturais que povoam as lendas e as superstições da gente mais simples. O mais popular é o Saci, um negrinho de uma perna só, que usa um barreta vermelho, fuma cachimbo e adora travessuras, como apagar lampiões e fogueiras ou dar nó nas crinas dos cavalos.
Mas há vários outros seres fantásticos em nosso folclore: o Curupira, um anão de cabelos vermelhos, que tem os pés ao contrário; a Mula-sem-cabeça, que solta fogo pelas narinas; a Boiúna, cobra gigantesca cujos olhos brilham como tochas; e o Lobisomem, o sétimo filho homem de um casal, que vira lobo nas sextas-feiras de luas cheias, entre outros.
Em todas as partes do mundo, cada povo tem seu folclore, sua forma
de manifestar suas crenças e costumes. O folclore se manifesta na arte,
no artesanato, na literatura popular, nas danças regionais, no teatro, na música, na comida, nas festas populares como o carnaval, nos brinquedos e brincadeiras, nos provérbios, na medicina popular, nas crendices e superstições, mitos e lendas.
Mitos e lendas
As lendas misturam fatos reais e históricos com a fantasia e
procuraram dar explicação aos fatos da vida social de uma determinada
comunidade. Os mitos, tão antigos quanto a própria humanidade, são
narrativas que possuem um forte simbolismo e foram criados pelos povos
primitivos para explicar as coisas que não entendiam, como os fenômenos
da natureza.
No Brasil, o folclore foi resultado da miscigenação de três povos (indígena, português e africano) e da influência dos imigrantes de várias partes do mundo. Por isso, nosso país tem uma tradição folclórica variada, rica e muito peculiar. Em cada região brasileira, o folclore apresenta semelhanças e diferenças.
No Brasil, o folclore foi resultado da miscigenação de três povos (indígena, português e africano) e da influência dos imigrantes de várias partes do mundo. Por isso, nosso país tem uma tradição folclórica variada, rica e muito peculiar. Em cada região brasileira, o folclore apresenta semelhanças e diferenças.
Câmara Cascudo: pesquisador do folclore
Um grande estudioso do folclore nacional foi Luís da Câmara Cascudo,
nascido em Natal, no Rio Grande do Norte em 1898 e autor de mais de 150
livros. Ainda hoje, a obra de Câmara Cascudo é uma referência
imprescindível para se tratar do folclore, até porque diversas
expressões folclóricas brasileiras por ele documentadas já
desapareceram e não podem mais ser observadas.
O folclore, em especial a partir do século 20, serviu de base para a produção da arte culta brasileira. Os exemplos estão presentes em todas as artes. O pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi fez das bandeiras das festas juninas um elemento frequente de seus quadros e gravuras. O compositor fluminense Villa-Lobos aproveitou-se de temas do folclore em sua obra musical.
O folclore, em especial a partir do século 20, serviu de base para a produção da arte culta brasileira. Os exemplos estão presentes em todas as artes. O pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi fez das bandeiras das festas juninas um elemento frequente de seus quadros e gravuras. O compositor fluminense Villa-Lobos aproveitou-se de temas do folclore em sua obra musical.
O folclore na literatura
Na literatura, há no mínimo três autores de importância
indiscutível que se utilizaram de elementos da cultura popular. O
paulista Mário de Andrade, grande estudioso do folclore, escreveu sua obra-prima, "Macunaíma", reunindo com olhar irônico e crítico inúmeras narrativas do folclore brasileiro.
O mineiro João Guimarães Rosa, autor de "Grande Sertão: Veredas" - um clássico da literatura nacional - tematiza a vida do sertanejo e trabalha tanto elementos característicos de narrativas folclóricas, quanto a própria forma sertaneja de uso da língua portuguesa. Da mesma maneira, o paraibano Ariano Suassuna compôs uma ampla obra teatral baseada na tradição folclórica nordestina. Como exemplo, podem-se citar "O Auto da Compadecida" ou "A Pena e a Lei", sem falar no monumental "Romance da Pedra do Reino".
O mineiro João Guimarães Rosa, autor de "Grande Sertão: Veredas" - um clássico da literatura nacional - tematiza a vida do sertanejo e trabalha tanto elementos característicos de narrativas folclóricas, quanto a própria forma sertaneja de uso da língua portuguesa. Da mesma maneira, o paraibano Ariano Suassuna compôs uma ampla obra teatral baseada na tradição folclórica nordestina. Como exemplo, podem-se citar "O Auto da Compadecida" ou "A Pena e a Lei", sem falar no monumental "Romance da Pedra do Reino".
O folclore no cinema e na TV
Convém lembrar que o folclore brasileiro - ligado ao universo
rural, pois a industrialização do país é recente, em termos históricos
- chegou a influenciar nossos meios de comunicação de massa. O ator e
diretor Amácio Mazzaropi levou o caipira do interior paulista para as telas do cinema. O animador de programas de auditório Abelardo Chacrinha Barbosa
fez enorme sucesso na TV utilizando-se elementos de festas populares do
Nordeste, como as disputas entre cordões (o encarnado e o azul), que
eram mediados por um velho, a quem Chacrinha personificava.
Nos meios de comunicação de massa, como o cinema, a estética dos circos mambembes que percorriam o interior do país também podem ser encontradas em produções cinematográficas inusitadas como os filmes de terror de José Mojica Marins, conhecido como Zé do Caixão.
Nos meios de comunicação de massa, como o cinema, a estética dos circos mambembes que percorriam o interior do país também podem ser encontradas em produções cinematográficas inusitadas como os filmes de terror de José Mojica Marins, conhecido como Zé do Caixão.
Folclore e música
Em matéria de música folclórica, também chamada de "música de raiz", Inezita Barroso é uma grande pesquisadora.
Fonte:
http://educacao.uol.com.br/datas-comemorativas/ult1688u12.jhtmhttp://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/folclore-brasileiro-festas-comidas-e-lendas-tradicionais-do-brasil.htm
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